Jaguar XFR

 

Sedã de luxo equipado com motor V8 de 510 cv de potência não nega fogo na pista

 

Desde novembro do ano passado, a Jaguar passou a operar diretamente no Brasil, em conjunto com a Land Rover, que agora formam um só grupo. Juntas, elas querem ganhar mais terreno no país. A marca do oval verde fala até em começar a produzir localmente, enquanto a marca do felino investe em novos produtos e uma estratégia de marketing agressiva.

Foi exatamente numa destas ações de divulgação que a reportagem de Autoesporte teve contato com algumas das máquinas das marcas inglesas. Voltado para imprensa, clientes e potenciais compradores, o Fast Drive Interlagos proporciona que esse público acelere os carros na pista do lendário Autodódromo de Interlagos, em São Paulo. O evento ocorre entre os dias 15 e 18.

XFR na pista

Esta seria a primeira vez que a repórter que vos escrever iria dirigir no solo sagrado do automobilismo nacional. E, para fazer a estreia, o eleito foi o Jaguar XFR, versão mais feroz do sedã XF. A belezinha esconde sob o capô um bloco 5.0 V8 supercharged capaz de entregar 510 cv de potência e torque máximo de brutos 63,73 kgfm. O câmbio é automático de oito marchas, com opções de trocas com borboletas atrás dos volantes.

Se as linhas externas, acompanhadas das rodas aro 20, acompanham a agressividade da mecânica, o interior exala todo requinte que tabela o Jaguar em R$ 440 mil, com detalhes em couro e madeira e um sofisticado painel, acoplando à central multímia com tela sensível ao toque. As atrações ali são tantas que por um momento quase esqueço o motivo pelo qual estava ali: colocar o felino na pista.

Saí de mansinho dos boxes, quanta suavidade! Comecei a acelerar na curva do S, ainda com moderação. Na chegada da reta oposta dei a primeira esticada e o menino chegou aos 170 km/h facinho, facinho. De acordo com a fabricante, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos. A agilidade é fruto também do baixo peso: são 1.875 kgs (peso sem carga) distribuídos bem e a carroceria é de alumínio

Na descida do lago os freios são colocados à prova e respondem com precisão. Mais uma vez, chama a atenção a união da eficiência com a suavidade. O pedal responde à força da pisada do motorista. Dá para frear bem sem trancos. E aí que entra em jogo também a estabilidade do veículo. Embora eu, que sou jornalista e não piloto, tenha a sensação (ou o receio) de que o carro vá sair de traseira, ele se mantém nos eixos. Ponto para o Controle Dinâmico de Estabilidade e para o Adaptive Dynamics, uma tecnologia que ajusta os amortecedores automaticamente de acordo com o movimento das rodas.

A subida para os boxes é o ponto alto da volta. O velocímetro atingiu os 210 km/h. Não por falta de apetite do XFR, mas por limite meu. Basta afundar o pé e nosso gato feroz irá acelerar, sem titubear. Ele tem limitador de velocidade e atinge máxima 250 km/h. É impossível não segurar o sorriso de satisfação.

Mas falta um elemento no XFR para realmente me agradar por completo. É que ele é um animal selvagem que rosna pouco. Com os vidros fechados, o barulho do motor fica bem baixo na cabine. Obviamente, esta é uma frescura minha, até porque o XRF é um sedã de luxo, com um toque de pimenta, é verdade, mas é feito para a cidade. Esta característica certamente deve ser bem vinda entre seu público alvo

Jaguar XKR-S (Foto: Divulgação)

 

XKR-S, uma fera selvagem

Para eu parar de reclamar da falta de ronco de motor, eis que chega a vez de sentir o XKR-S. O esportivo é totalmente selvagem e, por uma questão de segurança, ninguém da imprensa pôde assumir o volante da nave. Sentei no banco do passageiro e a fera foi assumida por Chico Serra, piloto experiente, ex-F1. O XKR-S traz um bloco 5.0 de oito cilindros em V. São 550 cv de potência e velocidade máxima de 300 km/h, eletronicamente limitada.

O veículo atinge os 100 km/h em 4,4 segundos, diz a Jaguar e eu não duvido. Com o chassi inteiramente feito em alumínio, o piloto parece não ter dificuldade para levar a máquina ao limite. O Jaguar ruge ferozmente a todo momento, da saída dos boxes à reta oposta, onde é possível acelerar mais. É como música boa, não cansa, não enjoa. Para estimular também o olfato, o cheiro de borracha queimada sobe já no meio da volta, sinal de que a diversão foi boa. O preço do brinquedo é de R$ 620 mil.


Modelos de entrada

A Jaguar está investindo também em veículos mais “acessíveis”. A marca trouxe uma versão com motor 2.0 do luxuoso sedã XF. O modelo, com o propulsor turbo de 240 cv de potência, já pode ser encomendado por R$ 224.900 e é hoje o mais barato oferecido pela montadora.

A linha XF conta ainda com o XF 2.0 Premium Luxury, de 249.900 e o XF 3.0, com 340 cv, de R$ 314.900. São modelos de luxo que casam bem na cidade e não negam fogo na pista.


Novo felino na área

Até setembro, chega ao Brasil o F-Type. O conversível terá versões de acabamento: com motor V6 de 335 e 375 cv e V8 com 448 cv. Nós avaliamos o lançamento na Europa. A expectativa é a de que o carro parta de R$ 420 mil.

Jaguar F-Type (Foto: Divulgação)


FONTE: Auto Esporte


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