Fiat Freemont Vs Dodge Journey

 

IDÊNTICOS NA FORMA E NO CONTEÚDO, OS MODELOS SÓ DIFEREM MESMO NA MECÂNICA

Freemont e Journey são o mesmo carro, mas têm temperamentos diferentes. Ao se vestir com etiqueta italiana, o representante da Fiat optou por um andar calmo, com elegância e discrição: o motor quatro-cilindros 2.4 e o câmbio automático de quatro marchas oferecem desempenho comedido ao Freemont. O Journey é mais radical. Pode vir até com calçados esportivos (rodas aro 19) na versão topo de linha, R/T, como a que você vê aqui. E mesmo a versão de entrada, SXT - considerada neste comparativo para que fosse estabelecida uma competição justa com o Freemont Precision, topo de linha -, tem lá sua radicalidade.

Antes do confronto propriamente dito, vale uma análise dos modelos dentro de suas casas. O Freemont é vendido nas versões Emotion (81900 reais) e Precision (86000 reais). Os 4100 reais de diferença são justificáveis. O pacote inclui o par de bancos na região do porta-malas, elevadores de assentos para crianças nas extremidades da segunda fileira de bancos, ar-condicionado trizona, banco do motorista com regulagem elétrica (exceto para o encosto), barras longitudinais e transversais no teto, iluminação de cortesia com leds, retrovisores externos com rebatimento elétrico, rodas aro 17, airbags laterais e de cabeça, sensor de estacionamento e sistema one-touch nos vidros elétricos dianteiros. Os únicos opcionais são o teto solar elétrico (2500 reais) e o acabamento de couro, que inclui ainda aquecimento dos bancos dianteiros, por 2200 reais.

No caso do Journey, a situação é inversa: os 10400 reais de diferença entre as versões SXT (97500 reais) e R/T (107900 reais) não se justificam, pois acrescentam apenas rodas aro 19, sistema de áudio Alpine e teto solar elétrico. 

Feitas as apresentações, é hora de confrontar as versões que, segundo as concessionárias consultadas (três Fiat e três Chrysler), serão as campeãs de vendas: Freemont Precision "completa menos teto" (88200 reais) e Journey SXT básica (97500 reais). Ou seja, mais do que equivalentes, Freemont e Journey são gêmeos na forma e no conteúdo.

Se você acha que uma grade central é muito pouco para diferenciar modelos de marcas distintas, espere até conhecer a cabine. Escolha qualquer um: Freemont e Journey são rigorosamente iguais - mudam, lógico, os logos no centro do volante e na mensagem de boas-vindas apresentada no quadro de instrumentos quando o motor é acionado. Os porta-objetos espaçosos e as três fileiras de bancos dão uma modularidade de minivan aos crossovers - no Brasil, a Fiat tratará o Freemont como SUV.

O pacote de equipamentos é completo. Além dos itens já descritos da versão Precision - e que também valem para o Journey SXT -, a dupla tem airbags frontais, volante com ajuste de altura e profundidade e teclas multifuncionais, direção hidráulica, som e tela multimídia sensível ao toque. Modular, completa e com materiais de boa qualidade e montagem cuidadosa, a cabine agrada também pelo espaço e pela ergonomia. Mas há alguns deslizes. Sem querer, ao pisar no pedal do freio de estacionamento, meu pé acionou também o gatilho de abertura do capô. Só ouvi o barulho do destravamento porque o vidro estava abaixado. O pedal do freio, quando acionado repentinamente, mostra-se esponjoso - tanto na sensação provocada quanto no som que emite.

Apenas o Freemont tem sensor de estacionamento de série - no Dodge Journey, o equipamento é vendido nas concessionárias como acessório original, por 700 reais. Até o segundo semestre de 2012, Freemont e Journey ganharão um sistema multimedia com tela maior e dispositivo de auxílio em manobras com câmera de ré e linhas guias incorporados.

Custo-benefício 

Se, parados, os grandalhões Freemont e Journey são parecidos, em movimento a história é outra. O modelo da Fiat é carregado por um quatro-cilindros 2.4 de 172 cv de potência e 22,4 mkgf de torque, enquanto o Dodge está de motor novo: o estreante V6 3.6 de 280 cv e 34,9 mkgf. Mais adequado ao peso do carro, o V6 dá um banho de eficiência. Na prova de 0 a 100 km/h, Journey e Freemont registraram, respectivamente, 8,9 e 13,6 segundos. No consumo (urbano/rodoviário), nova vantagem do Dodge: 7,6/11 ante 7,3/9,8 km/l do Fiat. O câmbio também é diferente, apesar de contar com alavanca seletora identical em ambos os carros. São caixas automáticas, com conversor de torque e opção de trocas sequenciais, com quarto marchas no Freemont e seis no Journey.

Conflitos familiares à parte, o Dodge Journey se vale de incontestável vantagem no custo-benefício e sai vitorioso diante do Freemont.



DODGE JOURNEY

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO


Leve sem deixar de ser precisa, a direção facilita as manobras. Bem calibrada, a suspensão é confortável e garante segurança nas curvas.
★★★★

MOTOR E CÂMBIO


Além de adequada ao peso do carro, a dupla formada pelo motor V6 com o câmbio de seis marchas se mostrou eficiente. Dá ao Journey aceleração de esportivo e consumo de sedã.
★★★★

CARROCERIA

A grade com réguas internas em cruz caracterizam o Journey como um legítimo Dodge. Acabamento e montagem de carroceria são de boa qualidade.
★★★

VIDA A BORDO

Como a carroceria, a cabine não é moderna, mas também não é obsoleta. Tem vários porta-objetos grandes e os bancos não exigem muito esforço para serem movidos.
★★★★

SEGURANÇA

Nas provas de frenagem, os números do Journey foram sempre piores que os do Freemont. Mas o Dodge oferece muito mais segurança nas ultrapassagens.
★★★★

SEU BOLSO

A rede com apenas 25 pontos é minuscule diante do alcance da Fiat, com suas 580 concessionárias. Mas a superioridade técnica do Journey faz valer o investimento extra.
★★★★

 

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FIAT FREEMONT

DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO


Bem acertada, a suspensão garante bom nível de estabilidade e conforto.
★★★★

MOTOR E CÂMBIO

Com apenas quarto marchas, o câmbio não explora bem o motor. Administrar o 2.4 16V em 4000 rpm melhora a dirigibilidade, mas compromete o consumo.
★★★

CARROCERIA

O visual não é sedutor, o que para muitos é uma qualidade. O acabamento e os materiais são de boa qualidade.
★★★

VIDA A BORDO

O DNA de minivan pode ser notado na modularidade dos bancos e na abundância de porta-objetos, como os que ficam no piso à frente da fileira central de bancos. 
★★★★

SEGURANÇA

Assim como o Journey, tem airbags frontais, laterais e de cabeça, ABS e dispositivos de auxílio de frenagem e anticapotamento. Mais que um auxílio nas manobras, o sensor de ré que traz de série pode alertar o motorista sobre a presença de uma criança pequena atrás do carro.
★★★★

SEU BOLSO

Se você não faz questão de dirigibilidade com torque disponível a qualquer hora, fique com o Freemont. Se o fizer, opte pela versão Precision, de conteúdo mais atraente.
★★★
 

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VEREDICTO

Pacote completo de equipamentos de conforto e segurança, conjunto mecânico capaz de aliar desempenho e economia de combustível e um irmão mais fraco para evidenciar suas qualidades. A vida nunca foi tão boa para o Journey no Brasil.

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FONTE: Quatro Rodas

 

Tópico: Fiat Freemont Vs Dodge Journey

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