Primeiras impressões: Porsche Cayenne S Hybrid

06-09-2011 13:54

SUV alemão tem um motor 3.0 V6 de 333 cv e outro elétrico de 47 cv.
Modelo ainda não é comercializado no Brasil.

Pioneiro. Assim o Cayenne pode ser chamado nos corredores da fábrica da Porsche na Alemanha. Após ser apresentado como primeiro utilitário esportivo da marca consagrada pelos seus superesportivos, o modelo voltou a ser desbravador ao tornar-se o primeiro veículo da Porsche a ter uma versão híbrida produzida em série.

 

porsche cayenne s hybrid (Foto: Marcelo Monegato/G1)

Cayenne S Hybrid ainda não é vendida no Brasil (Foto: Marcelo Monegato/G1)

O G1 teve a oportunidade avaliar por mais de 150 km um exemplar deste que, diga-se de passagem, é o único no país – o Cayenne S Hybrid não está à venda no Brasil e não tem previsão de chegada, segundo a Stuttgart Sportcar, importadora oficial da marca por aqui.

O conjunto mecânico é atraente. Sob o capô funciona um motor 3.0 V6 a gasolina de 333 cavalos de potência entre 5.500 rpm e 6.500 rpm e torque de 44,8 mkgf entre 3.000 rpm e 5.250 rpm. E para elevar o ‘fôlego’ do Cayenne de 2.240 kg e 4,84 m de comprimento, a opção Hybrid traz um propulsor elétrico de 47 cv e 30,6 mkgf de força, ambos disponíveis a partir de 1.150 rpm.

porsche cayenne s hybrid (Foto: Marcelo Monegato/G1)

SUV híbrido tem um motor a combustão 3.0 V6 de 333 cv e outro elétrico, de 47 (Foto: Marcelo Monegato/G1)

Somando todos esses números, o SUV 'ecológico' da Porsche entrega 380 cv a 5.500 rpm e 59,1 mkgf de torque. Isso significa que ele é 80 cv mais potente que a versão 3.6 V6 e somente 20 cv mais fraca que a versão ‘calma’ do bloco 4.8 V8. Em termos de desempenho, o Hybrid acelera de 0 a 100 km/h em apenas 6,5 segundos e atinge a velocidade máxima de 242 km/h. O consumo misto, segundo a montadora, é de 12,1 km/l e o nível de emissões é de 193 gramas de CO2 por quilômetro.

Concorrentes Porsche Cayenne S Hybrid (Foto: Editoria de Arte/G1)

Um ‘ronco silencioso’
Ao dar ignição no Cayenne S Hybrid do lado esquerdo da coluna de direção, e não do lado direito como acontece nos carros brasileiro, o que se 'escuta é o silêncio'. A partida é dada somente no bloco elétrico, enquanto o a combustão permanece desligado. O detalhe é que caso o motorista tire o cinto de segurança ou abra a porta, o propulsor a gasolina começa a funcionar automaticamente. Motivo? Segurança. Esta foi a maneira encontrada pelos engenheiros da Porsche para evitar que o condutor deixe o carro ligado sem perceber.

porsche cayenne s hybrid (Foto: Marcelo Monegato/G1)Bateria do Cayenne S Hybrid fica no assoalho do
porta-malas (Foto: Marcelo Monegato/G1)

Manopla do câmbio automático de oito marchas no ‘D’ (Drive), um toque no acelerador e o V6 ‘ganha vida’. Na tela sensível ao toque do sistema multimídia é possível acompanhar todo o funcionamento da tecnologia híbrida. Rodando a 120 km/h, o conta-giros marca apenas 1.800 rpm. Neste momento, só o motor à combustão é o responsável por tracionar as rodas (tração integral) e fazer com que o motor elétrico recarregue a bateria, posicionada no assoalho do porta-malas - onde nas versões convencionais do utilitário está o estepe.

Em raros momentos, especialmente para manter o SUV circulando em baixas velocidades (até 60 km/h), o motor elétrico pode funcionar sozinho. Em casos de acelerações bruscas e retomadas violentas para uma ultrapassagem, por exemplo, os dois motores atuam juntos por um período que não passa os dez segundos. Somente nestas ocasiões eles trabalham em conjunto. Fizemos um teste na saída do pedágio na rodovia dos Bandeirantes e rapidamente o velocímetro chegou aos 170 km/h – e o Cayenne tinha disposição para ir além.

Tirando o pé do acelerador ou freando o veículo, a energia cinética que seria desperdiçada é reaproveitada, recarregando a bateria. Algo interessante é que, ao tirar o pé do acelerador no modo ‘E-Power’, o ponteiro do conta-giros desce até o ‘ready’ (pronto, em inglês), avisando que apenas o motor elétrico está acoplado. No entanto, basta pisar novamente no acelerado que os seis cilindros ‘ressuscitam’ e despejam potência nas rodas. O mesmo não acontece quando o Cayenne está no modo de condução Sport. Desta maneira, ao tirar o pé do acelerador o bloco a gasolina continua acoplado, com rotação elevada, beneficiando o desempenho e a esportividade. Nesta hora, o motor elétrico é um mero coadjuvante.

Requinte, estilo, conforto...
Por fora, o Cayenne S Hybrid é idêntico aos demais – inclusive as rodas de liga leve de 19 polegadas que deixam vazar a imagem das grandes pinças de freios. A única diferença e a escritura ‘Hybrid’ em ambos os lados, próximos às caixas de rodas.

Por dentro, o acabamento é de primeira. Os bancos são revestidos em couro, assim como parte do painel central e dos painéis das portas. Os detalhes cromados também agregam requinte. Ponto positivo para o painel de instrumentos, que traz cinco círculos, dos quais o conta-giros é o maior e está centralizado. Do lado esquerdo está o velocímetro e do direito o computador de bordo (tela colorida), com todas as informações (resumidas) presentes na tela do sistema multimídia.

porsche cayenne s hybrid (Foto: Divulgação)

Tela sensível ao toque do sistema multimídia mostra como funciona o sistema híbrido (Foto: Divulgação)

 

O volante tem excelente empunhadura e traz as borboletas (cromadas), que permitem as trocas das marchas. O banco do motorista de ajustes elétricos e não é complicado encontrar a melhor posição.

Conclusão
O Cayenne S parte de aproximadamente R$ 380 mil. De acordo com o pessoal da Porsche, a versão híbrida custaria (se vendesse no Brasil) aproximadamente 30% a mais –R$ 495 mil. Vamos aguardar, quem sabe o híbrido da marca alemã não desembarque por aqui e se junte ao Ford Fusion Hybrid e ao Mercedes-Benz S400.

 

 

 

FONTE: Auto Esporte G1

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