BMW Série 6 Cabrio

04-06-2011 16:31

Novo conversível está prestes a chegar ao mercado brasileiro com sofisticação de sobra 

 

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BMW Série 6 Cabrio: conversível está prestes a chegar às lojas no Brasil, onde custará por volta de R$ 515 mil

São 19 segundos de pura contemplação. É o tempo que ela leva para fazer seu strip tease (só a parte de cima) e exibir formas ainda mais sensuais. O cenário é uma praia paradisíaca na Cidade do Cabo, África do Sul. Mas antes que você comece a pensar besteira, vamos deixar bem claro: estou falando da mais nova atração da BMW, o Série 6 Cabrio, recolhendo a capota de tecido.

A marca alemã está particularmente orgulhosa do visual desse conversível. Sketches do carro estavam por toda a parte no evento de lançamento, do crachá dos jornalistas ao menu do jantar. Dê adeus às linhas controversas de Chris Bangle e diga olá para os elegantes traços esculpidos pelo chefe de design Adrian van Hooydonk. Ao me deparar com as duas gerações do modelo emparelhadas no local do almoço, foi impossível não notar como o novo carro faz o antigo parecer desajeitado, com detalhes estranhos. Alguns podem dizer que perdeu um pouco de personalidade, mas a verdade é que o Série 6 agora passa a ser um dos mais belos BMWs.

 

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A operação para a abertura da capota demora cerca de 19 segundos

Design à parte, o que encontramos ao volante é algo perigosamente próximo da perfeição. A marca não admite o termo “plataforma compartilhada”, mas o Serie 6 usa muitos elementos dos Série 7 e 5. Inclusive, os três saem da mesma fábrica em Dingolfing (Alemanha), a maior do grupo. Isso significa que o 650i que dirigimos na África traz o mesmo motor 4.4 V8 biturbo e o câmbio automático de oito marchas do sedã 550i. Essa é a única versão que será importada para o Brasil, a partir de junho. Como opcional, pode receber o eixo traseiro que vira para auxiliar nas manobras e curvas velozes – coisa do 750i.

Com 4,89 m de comprimento, o 650i desfila majestoso. No modo “Comfort” do sistema Adaptive Drive (também encontrado nos Série 5 e 7), temos um carrão ideal para um passeio à beira-mar, com direção leve, suspensão complacente e motor em giro baixo. Interessante é poder subir o vidro traseiro independente da capota, o que ajuda a evitar ventania exagerada na cabine. Quando caímos na estrada, aproveito a surpreendente qualidade do asfalto sul-africano (pedala, Brasil!) e o trajeto sinuoso margeando o oceano para testar o modo “Sport +” (há também o “Normal” e o “Sport”). É sensível como o Série 6 muda de personalidade: a suspensão enrijece, o volante ganha peso e motor e câmbio ficam em alerta máximo.

 

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Estranhou o volante na direita? É que a África do Sul usa mão inglesa. O acabamento lembra o sedã da Série 7

Pressionando mais forte o pedal da direita, passamos a ouvir algumas reclamações dos pneus 245/40 R19 nas curvas mais travadas. Mas só os pneus sofrem, pois a carroceria se mantém firme como uma rocha, mesmo com a capota aberta – a BMW diz que a rigidez à torção foi ampliada em 50%. De repente, um teste inesperado para os freios (ótimos, por sinal): babuínos na pista! Isso mesmo, aqueles macacos de bumbum vermelho, pouco amistosos. Passado o susto, e a tentativa frustrada de amizade com os primatas, dá-lhe maresia no rosto. É impressionante a força que o V8 despeja em rotações médias (o torque máximo de 61,2 kgfm está disponível a meros 1.750 giros), enquanto os 407 cv se impõem em qualquer ultrapassagem. Embora não tenha vocação para puro-sangue (tarefa que caberá ao futuro M6), o 650i deixa os 100 km/h para trás em 5 segundos e chega facilmente a 250 km/h (limite eletrônico).

Como esperado num conversível de luxo, o ronco do motor pouco se manifesta na cabine na maior parte do tempo. Mas quando aceleramos forte e sem capota, o rugido do V8 é digno de um leão africano. A transmissão de oito marchas também é fera: trabalha suave nas mudanças normais e rapidamente quando exigida. E agora as borboletas são dispostas em “+” na direita e “–” na esquerda, como no 550i. Ou seja, você pode passear em oitava marcha com 1.800 rpm a 120 km/h (e conseguir um consumo médio de 9,3 km/l) ou andar forte trocando as marchas no volante. Nesse caso, eu apenas pediria uma direção mais comunicativa. Como no Série 5, o novo sistema eletromecânico deixa saudades da sensibilidade do modelo anterior. A prioridade foi o conforto.

 

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O banco traseiro pode parecer confortável, mas só para as crianças. O vidro traseiro pode subir independente da capota

Na apresentação do carro, a BMW mostrou um casal com uma menininha, dizendo que o 650i foi feito para se divertir em família. Certo, desde que seja somente aquela menininha no banco de trás, que é bem justo. E o porta-malas é apenas razoável pelo tamanho do carro, embora decente para um conversível: 300 litros com a capota aberta, e 350 l com ela fechada. Há mimos como tela LCD de 10,2 polegadas no painel, som e GPS com disco rígido para gravar músicas e mapas, head-up display (que reproduz informações do painel no para-brisas) e sistema de visão noturna. O acabamento que abusa de couro (bancos, painel, portas) faz jus ao status de umSérie 6

 

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Os botões ajustam o acerto do carro e controlam o sistema multimídia. Freio de estacionamento eletrônico também é acionado por botão

Por conta do lançamento próximo à primavera europeia, a BMW priorizou o conversível. Mas o Série 6 terá ainda o cupê, no segundo semestre, além de um inédito cupê quatro portas em 2012, de olho no Porsche Panamera. Encerro o passeio fechando a capota, operação que leva 24 segundos (5 s a mais que para abrir). É o tempo de me despedir e pensar quanto custará esse privilégio no Brasil. Nada menos que R$ 515 mil, de acordo com aBMW local. Definitivamente, um topless desses não é para qualquer praia.

Viagem a convite da BMW 

 

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 O sistema de direção adaptativa permite um confortável passeio à beira-mar ou uma tocada esportiva

 
 
 
 
 
 FONTE: Auto Esporte
 
 
 
 

 

Tópico: BMW Série 6 Cabrio

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