LaFerrari, o novo suprassumo da Ferrari

Modelo mantém a tradição dos antepassados icônicos e seus concorrentes de peso

A mítica linhagem de superesportivos da Ferrari, que tem nomes do calibre de F40, F50 e Enzo, acaba de ganhar um sucessor à altura. No Salão de Genebra, a marca italiana exibiu o novo ocupante do lugar mais nobre de seu portfólio, a LaFerrari. Ela mescla um motor 6.3 V12 aspirado com um motor elétrico — o que lhe permite maior rendimento e menor emissão de poluentes em relação às suas antecessoras - e que entrega um total de 963 cavalos de potência e 91,6 mkgf de torque.

No evento suíço, no entanto, a LaFerrari não estava sozinha no hall dos superesportivos. Pelo contrário, a concorrência é bastante acirrada. No estande da McLaren, o público também viu pela primeira vez o P1, que ocupa a lacuna deixada pelo lendário F1. Apesar de também utilizar um sistema híbrido, o rival inglês lança mão de um conceito diferente, com um deslocamento volumétrico menor e a ajuda de um sistema biturbo, que no total entrega 916 cavalos. Além do P1, o 918 Spyder Hybrid também brilhou no espaço da Porsche, com seu V8 4.6 aspirado e um motor elétrico para gerar um total de 770 cv.

Em comum, os três híbrido pioneiros no segmento usam tração traseira, câmbio automatizado de dupla embreagem e o estado da arte da tecnologia de ponta. É curioso notar que, além de disputarem a primazia em dados como velocidade máxima e aceleração de 0 a 200 km/h, eles também brigarão para mostrar quem é mais econômico e emite menos gases poluentes. Um traço da cultura automotiva contemporânea. 

É verdade que estamos falando de um segmento à parte, com carros produzidos em edições limitadas e vendidos a preços astronômicos, no qual não há uma efetiva disputa de mercado entre as marcas. Mas, verdade seja dita, a Ferrari jamais teve vida mansa e seus supercarros sempre tiveram a companhia de rivais de peso ao longo da história - e milhares de disputas e comparativos imaginários já aconteceram no imaginário do público.

A Porsche, por exemplo, respondeu a criação da Ferrari Enzo em 2002 com o Carrera GT, em 2004. Voltando para meados de 1990, a Ferrari lançou a F50 em um momento em que a disputa no segmento de superesportivos estava extremamente acirrada — e que cada empresa seguia um receita distinta. Desenvolvido para ser um carro de corrida para as ruas, o esportivo com motor 4.7 V12 de 513 cv enfrentou nada menos que o McLaren F1 (6.1 V12 e 627 cv), Jaguar XJ 220 (3.5 V6 biturbo de 550 cv) e o Bugatti EB 110 (3.5 V12 quadriturbo).

A história não foi diferente com a F40: lançada em 1987, ela era uma resposta ao Porsche 959 o mais rápido esportivo do mundo até então, lançado em 1986. Os dois modelos ofereciam desempenho próximos em termos de aceleração, mas usavam receitas totalmente distintas. Enquanto o 959 era munido de tração integral, interior luxuoso e tecnologias como sensor de pressão dos pneus, por exemplo, a F40 tinha tração traseira e mal utilizava revestimento interno para manter seu peso baixo e favorecer sua agilidade.

Embora novas tecnologias tenham sido desenvolvidas com o passar dos anos, o mercado permanece vivenciando as mesmas disputas acirradas. Felizmente, ao que tudo indica, elas permanecerão oferecendo as mesmas altas doses de emoção de sempre.

 

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FONTE: Quatro Rodas

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