Impressões ao dirigir BMW 328I

 

A SEXTA GERAÇÃO DO SÉRIE 3 CONSEGUE A PROEZA DE SER MAIS CONFORTÁVEL E MAIS ESPORTIVA

 

Os mais recentes BMW (Série 1 e 5) conseguiram aumentar o espectro de clients da marca porque surgiram com ajustes de suspensão mais confortáveis, mas com uma série de afinações para o motorista com alma de piloto, a fim de não deixar desapontado seu público tradicional com um possível "aburguesamento" dos seus carros. E é esse um dos principais méritos da nova Série 3. Essa é a sexta geração do sedã, que existe desde 1975. De lá para cá, já foram vendidos 12,5 milhões: um em cada três BMWs comercializados no mundo são Série 3.


Nessa geração, a parte frontal surge mais plana e os faróis parecem rasgar a carroceria, enquanto a traseira exibe linhas similares às da atual Série 5. De imediato, ele parece mais comprido, o que fica mesmo confirmado pelos números: é 9,3 cm mais longo. E o entre eixos também foi esticado em 5 cm, beneficiando o conforto ao rodar, mas também aumentando o espaço traseiro.

A suspensão ainda é por duplos triângulos na frente e multilink atrás. Os amortecedores têm curso mais longo para favorecer o conforto e os braços metálicos ganharam mais partes de alumínio para reduzir o peso - o novo sedã é até 45 kg mais leve, apesar de estar maior. A direção também é nova, agora com assistência elétrica, que permanece inativa quando não se gira o volante, para baixar o consumo. As versões 328i e 335i têm assistência variável em função da velocidade, mas há uma versão opcional de desmultiplicação variável. Não é a mesma de outros BMW, que varia de acordo com a rotação do volante e a velocidade do carro. Nesse caso, é um sistema com cremalheira de curso variável que deixa a direção mais lenta no início da virada que no resto do movimento.

O crescimento da carroceria ficou evidente para quem vai atrás, as pernas têm mais espaço, que ficou maior que no Mercedes Classe C. O porta- malas também saiu ganhando, com 480 litros (20 a mais que antes). O Série 3 agora permite abrir automaticamente a tampa traseira quando o motorista se aproxima com a chave no bolso e passa o pé por baixo, tecnologia na qual o VW Passat foi pioneiro. Pela primeira vez, há três pacotes de equipamentos e acabamentos predefinidos. O Modern Line tem contrastes mais suaves, com painel mais claro, novo tipo de madeira e apliques de alumínio. No Sport, há diversos revestimentos de metal no interior, costuras vermelhas nos bancos de couro e acabamentos brilhantes na cor preto. Por fim, o Luxury é pródigo em cromados, Madeira maciça ou brilhante, tudo com altíssima qualidade. Todos vêm com a central multimídia com grande monitor colorido ao centro, agora separado dos instrumentos.

É o primeiro Série 3 com projeção de informações no para-brisa (head-up display), e também agrega vários recursos eletrônicos, como monitoramento de pontos cegos, aviso de colisão iminente e alerta de mudança involuntária de faixa. De série, também há o sistema chamado Experiência de Condução, que oferece os modos Comfort, Sport, Sport Plus e Eco Pro. Eles variam o nível da resposta do motor, o ajuste do controle de estabilidade (ESP), a direção, o câmbio automático e o amortecimento variável da suspensão.

Aqui, devemos aplaudir o programa Eco Pro, que realmente convida o motorista a adotar um comportamento que resulte em consumos mais baixos. Ele usa recursos como ar condicionado que trabalha a "meio gás", acelerador mais moderado, trocas de marchas precoces, entre outros. Só que, em vez de usar árvores ou plantinhas como alguns carros asiáticos para indicar que você está poupando o ambiente, o Eco Pro mostra uma pontuação em forma de quilômetros adicionais, muito mais eficaz e motivadora.

No início das vendas no Brasil, a partir de maio, haverá duas versões a gasolina. O 328i de 245 cv custará desde 198 000 reais e o 335i de 306 cv ficará em 341 000, esperando-se o 320i de 184 cv para a segunda metade de 2012, todos os motores equipados com sistema de stop-start. No nosso test-drive em Barcelona, dedicamos mais atenção à única opção a gasolina disponível. É um 2.0 quatro-cilindros sofisticado, com injeção direta, regulagem variável da abertura das válvulas (Valvetronic) e do comando de válvulas (double Vanos), combinado com um turbo twin scroll, que separa o fluxo dos gases de escape, para reduzir a contrapressão e melhorar o rendimento em baixa rotação. O resultado é o ótimo torque de 35,7 mkgf, que se mantém entre 1 250 e 4 800 rpm.

Ao fim do nosso teste em estradas, seguimos para o circuito de Montmeló, o mesmo da F-1, onde se percebe como esse motor respira muito bem em alta rotação ou como os freios aguentam longas sessões de uso intensivo antes dos primeiros sintomas de fadiga. Também pudemos avaliar os três níveis de intervenção do ESP e perceber como pode satisfazer todos os gostos, agradando do motorista mais sereno (quando o sistema corrige a trajetória à minima perda de tração de qualquer roda) ao dublê de piloto (autorizando longas escorregadas do eixo traseiro mesmo em piso seco). Somando a eficiência do câmbio automático de oito marchas, a perfeita divisão de peso de 50% para cada eixo e os diferentes ajustes de suspensão possíveis, saímos de lá muito bem impressionados. Mas não surpresos, pois esse BMW só confirma seu lendário equilíbrio dinâmico e a capacidade de agradar um espectro cada vez maior de - felizes - motoristas.

 

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VEREDICTO

Dirigir um sedã Série 3 é sempre um experiência prazerosa, que agora ficou ainda melhor com o aumento de espaço e o acréscimo de recursos eletrônicos.

 

 

 

FONTE: Quatro Rodas

Tópico: Impressões ao dirigir BMW 328I

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