Confira o teste do novo Mitsubishi Outlander 2.0

31-05-2011 14:02

 Crossover troca de motor, perde tração 4x4 e ganha conforto para agradar público urbano com a mesma alma off-road

Guilber Hidaka

Mitsubishi Outlander 2.0: mesmo sem atração integral, o carro ainda se mantém valente em trechos de terra

O aspecto nervoso – por causa do formato dos faróis – continua o mesmo, e confere um jeitão de Lancer Evo à dianteira. O teto de alumínio também foi mantido (recurso útil para redução de peso e melhora de desempenho e estabilidade). Mas, na linha 2012, o Mitsubishi Outlander tem novidades, tanto na coluna de perdas como na de ganhos. Começando pelo preço, não houve mudanças: a versão mais barata custa R$ 99.990. Saindo do empate e abrindo o placar, a primeira notícia não é muito boa: o motor 2.4 deu lugar a um 2.0. Não houve muita perda de potência (de 170 para 160 cv), mas o torque caiu de 23,6 para 20,1 kgfm. Vamos falar no que isso resultou daqui a pouco. Antes, falemos de outra perda: a tração, que era integral, passa a ser apenas na dianteira nessa versão.

E o que a gente ganha com isso? Para compensar a perda de força e tração, a Mitsubishi investiu em equipamentos. O modelo recebeu teto solar, rack, airbags laterais e de cortina (antes, tinha só bolsas frontais), bancos de couro com ajuste de altura, sensores de luz e chuva e alavancas de câmbio no volante. O objetivo é trocar um sistema de uso eventual (caso da tração 4x4) por itens de conforto e segurança, mais úteis no dia a dia. A substituição de motor também resulta em menor incidência de IPI, já que motores até 2.0 recolhem menos imposto.

 

 

 

Guilber Hidaka

Som, couro e airbags são de série. Repare que há largos apoios laterais nos bancos para segurar o corpo nas curvas

 Na prática, o Outllander 2.0 ficou um carro mais manso, mesmo tendo ficado mais leve. De acordo com Wilson de Andrade, gerente de estratégia da Mitsubishi, a saída da tração integral e a chegada dos novos equipamentos resultaram em redução de 70 kg (de 1.560 para 1.490 kg), o que de certa forma ameniza a perda de potência e torque (apesar de não resolver o problema). No teste, o modelo fez 0 a 100 km/h em 12,4 segundos. Não é nada muito empolgante, e lembra a história do BMW 320i: por R$ 113.530, ele leva você ao mundo dos carros alemães, mas sem pressa.

O motor 2.0 16V tem comando duplo variável (na admissão e no escape) e funciona em parceria com um câmbio CVT (continuamente variável). Nas acelerações, o ponteiro do conta-giros sobe a 6.000 rpm e fica lá enquanto o motorista mantiver o pé embaixo. Se quiser um pouco de emoção, basta trocar as marchas nas grandes alavancas no volante. Nesse caso, a transmissão simula seis marchas e deixa o Outlander ligeiramente mais esperto.

 

Guilber Hidaka

A versão mais barata conta com alavancas no volante, que servem para dar mais agilidade ao câmbio CVT

 Nas provas de frenagem de emergência, o modelo revelou um sintoma inusitado: após parar completamente, ele permanece alguns segundos imóvel, mesmo que o motorista pressione o acelerador. De acordo com o engenheiro Fábio Maggion, isso ocorre porque nessa condição o câmbio CVT volta para o ponto morto, por questão de segurança.

 

 Guilber Hidaka

O 2.0 16V de comando duplo variável e potente: são 160 cavalos de potência

 Um dos pontos fortes está na tampa traseira, que se abre em duas partes: uma para cima e outra para baixo. Isso facilita carga e descarga. Outro facilitador é o sistema de rebatimento dos bancos de trás. Basta puxar uma pequena alavanca que o encosto e o assento automaticamente se dobram, aumentando a área de carga. Além do Outlander 2.0, a versão GT (com motor 3.0 V6 e tração 4x4) continua em linha, e custa R$ 124.990.

 

Guilber Hidaka

A nova versão deverá ser responsável por 65% das vendas do Outlander

 

 

 

 

 FONTE: Auto Esporte

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