Chinesa BYD prepara estreia no Brasil
Modelos mais populares da marca enfrentam crise nas lojas, mas virão ao país em 2012
Com 3,46 metros de comprimento e motor 1.0 de três cilindros e 68 cv, BYD F0 custará menos de R$ 25 mil
A chinesa BYD (Build Your Dreams) não vive um bom momento. Famosa por ter o bilionário norte-americano Warren Buffet entre seus acionistas, a montadora viu seu volume de emplacamentos cair 23,4% no primeiro semestre de 2011. Curiosamente, os modelos que mais recuaram nas vendas pelo mundo foram justamente os que já circulam no Brasil em fase de testes: o subcompacto F0 (zero) e o compacto F3 (hatch e sedã).
Pouco se sabe até o momento sobre os planos da BYD para o Brasil – não há qualquer informação oficial divulgada. Mas alguns modelos da marca chinesa já foram flagrados circulando por rodovias vizinhas à capital paulista. O mais promissor deles é o F0, hatch subcompacto de apenas 3,46 metros de comprimento e equipado com um motor 1.0 de três cilindros, 68 cv e 9,2 kgfm de torque. O modelo deve chegar com preço inferior a R$ 25 mil.
Subcompacto teve desenho inspirado no Toyota Aygo, o que rendeu processo na corte europeia
Já o G3, um dos modelos mais novos da BYD, é na verdade uma evolução do F3. Por dentro, o painel é quase uma reprodução da peça do Corolla atual. Em relação aoF3 (hatch e sedã), que deve ter preços próximos de R$ 40 mil, o G3 é mais sofisticado e deve vir apenas com motor 1.8 a gasolina de 130 cv e preço próximo de R$ 45 mil.
Frente do F3 (sedã) e do F3-R (hatch) são claramente inspiradas no antigo Corolla, de nona geração
No F3 (sedã) e no F3-R (hatch), o bloco previsto é um 1.5 a gasolina capaz de gerar 107 cv e 14,7 kgfm de torque, com câmbio manual de cinco marchas. De todos os modelos, o menos cotado pra vir (mas ainda assim aguardado) é o topo de linha G6. Se vier, vai custar acima de R$ 60 mil e será equipado com um bloco 2.4 a gasolina de 170 cv.
Hatch F3-R terá preço próximo de R$ 40 mil para brigar com compactos premium nacionais e importados
O maior desafio do BYD no Brasil por enquanto é a rede autorizada. A montadora deve começar suas atividades no país com a maioria das lojas concentradas no eixo Rio-São Paulo, o que limitará bastante sua atuação – e o próprio volume de vendas. O Grupo Sandrecar, do empresário Pacífico Paoli (ex-presidente da Fiat brasileira), está por trás das operações da BYD.
De acordo com o balanço semestral da BYD, a forte queda nas entregas em 2011 fez o lucro da empresa encolher 89% entre janeiro e junho. Os negócios renderam R$ 69,4 milhões. A montadora informou que o declínio é culpa do fim dos incentivos fiscais concedidos pelo governo chinês.
FONTE: Auto Esporte
Tópico: Chinesa BYD prepara estreia no Brasil
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