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PRIMOROSO E CONSERVADOR, AGORA SEM TETO
A própria direção da Aston Martin se surpreendeu com o desempenho de vendas no Brasil. "Desde que passou a contar com uma representação oficial por aqui, em agosto de 2010, nossa única concessionária, em São Paulo, vendeu 44 unidades. Na Inglaterra, uma boa autorizada vende entre 80 e 100 Aston Martin em um ano inteiro", diz Ivan Fonseca e Silva, presidente da marca no Brasil. Para não perder o embalo, chega um novo reforço: a versão conversível do Vantage V8.
O motor, claro, é um dos destaques da novidade. São 420 cv de potência prontos para ser despejados repentinamente nas rodas aro 20. De capô aberto, destaca-se a barra antitorção superior, que "amarra" as torres dos amortecedores para ampliar a rigidez torcional e, com isso, melhora o controle direcional, especialmente nas arrancadas fortes. A suspensão, aliás, é nitidamente acertada visando uma condução esportiva: rígida, transmite segurança, mas pode desagradar quem busca um puro sangue confortável.
O câmbio do Vantage é bastante peculiar na forma e na função. Em vez de uma alavanca seletora ou mesmo um botão giratório, conta com três teclas no alto do console central. Cada uma ativa uma posição do câmbio, N, D e R. Uma quarta tecla muda o temperamento da transmissão, confortável ou esportivo. O câmbio é automatizado, mas conta com sistema de embreagem simples, o que representa trocas de marcha não tão rápidas quanto as de esportivos com dupla embreagem.
A cabine revela acabamento primoroso, típico de um modelo montado artesanalmente. Mesmo com a capota aberta, há pouca movimentação do para-brisa, o que é outro sinal de preocupação com a rigidez da carroceria desse Aston sem teto.
O Vantage conversível custa 695 000 reais - 166 000 reais a mais que o conterrâneo Jaguar XK-R, com seu V8 Supercharger de 510 cv.
VEREDICTO
Nem o ronco encorpado do V8 de 420 cv impõe tanto respeito quanto as asas da Aston Martin no capô. tecnologicamente, está atrás da concorrência.